A propósito de uma conversa ali numa caixa de comentários abaixo, dei com uma entrevista do JP Simões para a bodyspace.net que tem, no mínimo, dois méritos. Um é saber falar muito bem dos tais inícios de 90 em Coimbra. Choviam bandas como ninguém calcula, e sobretudo era possível ouvi-las, quase todas, quer em concertos ao vivo - que até eram alguns - quer pela rádio. A RUC passava de tudo num programa que felizmente ainda existe e, suspeito, com o mesmo genérico ("não, não, não, não. Vocês só devem bater palmas quando acaba completamente o som"): os Santos da Casa, com o top da semana à sexta-feira - agora é aos Domingos - de seu nome 13 Fados. A propósito, há alguém que saiba que é feito do Rui Portulês locutor do programa da manhã, depois também da XFM? Nunca mais o vi. Mas disperso-me e à grande.
Esta entrevista ao JP Simões dá uma imagem muito razoável de parte do que se ouvia e fazia naqueles tempos. E tem ainda o tal segundo mérito de dar tempo de antena ao bigode, essa instituição que ainda voltará a estar debaixo de muito nariz. Infelizmente para informar que o tirou, mas quem como o JP andou tanto tempo e de tal modo contra a corrente a ostentar um bigode, merece no mínimo andar uns meses sem ele. Deixo esse bocadinho:
O que é que aconteceu ao teu bigode?
Sabes que os bigodes, com o tempo, começam a ficar cheios de sopa juliana, de caldo verde e a coisa começa a ficar pior. Quando me apareceu um cogumelo no bigode, tive que o cortar, porque estavam a nascer coisas que eu já não queria no bigode. Equívocos cogumelos nasceram do meu bigode, e deixei de me dar tão bem com ele. Corria o risco de me transformar num bigode, e eu não queria de modo nenhum transformar-me num bigode. Não é que o meu amor-próprio seja enorme, mas há limites. E acho que tenho conseguido, o que é que te parece?
Esta entrevista ao JP Simões dá uma imagem muito razoável de parte do que se ouvia e fazia naqueles tempos. E tem ainda o tal segundo mérito de dar tempo de antena ao bigode, essa instituição que ainda voltará a estar debaixo de muito nariz. Infelizmente para informar que o tirou, mas quem como o JP andou tanto tempo e de tal modo contra a corrente a ostentar um bigode, merece no mínimo andar uns meses sem ele. Deixo esse bocadinho:
O que é que aconteceu ao teu bigode?
Sabes que os bigodes, com o tempo, começam a ficar cheios de sopa juliana, de caldo verde e a coisa começa a ficar pior. Quando me apareceu um cogumelo no bigode, tive que o cortar, porque estavam a nascer coisas que eu já não queria no bigode. Equívocos cogumelos nasceram do meu bigode, e deixei de me dar tão bem com ele. Corria o risco de me transformar num bigode, e eu não queria de modo nenhum transformar-me num bigode. Não é que o meu amor-próprio seja enorme, mas há limites. E acho que tenho conseguido, o que é que te parece?
2 comentários:
O Rui Portulês está na Oxigénio, onde o podes ouvir diariamente (só ainda não consegui fixar a que horas, mas isso é a minha cabeça, fraquinha, fraquinha...)
Também por lá andei, a fazer programas na RUC, por essa altura (de 91 a 96).
Caro Ranys,
estarei eternamente grato, na verdade, ainda embora um pouco envergonhado. Devia ter adivinhado que o Rui Portulês estaria a fazer algum programa da manhã, e a Oxigénio seria uma óptima aposta. Bastaria procurar.
Podem finalmente ficar um pouco mais agradáveis os Estranho Hálitos matinais e sobretudo guardarei sempre a esperança de ouvir "Está na hora de levantar esse cu preguiçoso da cama!!".
A propósito, havia um tipo que fazia os Santos da Casa, um gajo que se apresentava com três nomes, e que de quando em quando aparecia nos Estranhos Hálitos do Rui Portulês com umas fabulosas Crónicas do Autocarro. Isso, a juntar aos momentos em que o gajo pedia a alguém para fazer 20 minutos de programa por ele, que tinha de ir tomar o pequeno-almoço. Enfim, para mim basta-me de imaginário.
Enviar um comentário