... morriam uns mil no Líbano e mais uns 200.000 mil em Darfur, no Sudão, como bem aponta o maradona num post recente, e no qual estou de acordo sobre o escandaloso olvido a que se remetem estas vidas humanas e pouco mais. De resto, a perspectiva mais que enviesada da comunicação social explica muita coisa.
Desde já, portanto, as minhas desculpas pelo importúnio do seu verão europeu, pacifico e despreocupado.
Quanto ao teus argumentos, metade deles não os percebo. Leio e chego ao fim e não percebi. Fizeste-me lembrar em certas partes os longos, obtusos e inócuos parágrafos dos livros do Adriano Moreira. Enfim…
No que percebi:
1. Não ponho a vilania ou virtude em parte alguma. Não sou maniqueísta. Chego até a dizer que Israel tinha “superioridade moral” sobre os seus oponentes. Pelo que essa não colhe.
2. A comparação com o Curdistão é totalmente inválida. Dum lado tens um povo, os curdos, que habita a sua terra ininterruptamente desde tempos imemoriais e do outro os judeus andam na diáspora desde o século II, tendo começado a regressar a uma terra ocupada por outrem há cem anos com o inicio do movimento sionista. É comparável? Não me parece.
3. Israel “nasceu numa situação de instabilidade e de violência, que infelizmente ainda dura” e de uma forma completamente artificial. Esqueceste-te de referir esse ponto que não é comum a “todos os Estados e a todas as fronteiras do mundo” mas apenas àqueles que continuam a dar merda, como os do mapa cor-de-rosa em África.
4. A minha solução não é uma piada mas uma sugestão válida de alguém que já não acredita na paz no presente status quo. É necessário algo que o altere radicalmente. Se consideras a minha solução como perigosa é porque consideras o Estado de Israel na sua presente disposição como uma inevitabilidade histórica. Coisa que não aceito e não compreendo. Deverei lembrar-te, a título de exemplo, que a última vez que o Montenegro foi independente foi para aí uns bons 30 anos antes da fundação de Israel. E olha quem voltou!?
A História é um constante devir, o tal rio do velho Heraclito. E as mentes curtas são as rochas que importunam um fluxo inexorável que, nunca sereno, podia ser bem menos tumultuoso. Mentes abertas resolveriam muitos conflitos antes destes sequer acontecerem.
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