Em primeiro lugar os meus parabéns pelo choradinho demagógico do mês. De facto é inadmissível eu andar a ver filmes e beber imperiais enquanto morriam pessoas. Tratarei já de me penitenciar ainda hoje. Aliás estou a fazê-lo no momento ao escrever dois posts sobre o assunto enquanto morrem pessoas.
Se resolvi responder, ainda que de maneira "oblíqua", foi por te ter em mais conta do que saires-te com uma proposta de desterro, porque "o povo judeu já está habituado". Mas por uma razão ou por outra este teu post agora tem outro tom. O outro era maniqueísta. Ou pelo menos soava a tal. Não disseste que Israel tinha superioridade moral. Disseste que a perdeu. Dizer que uma menina tem a virtude ainda é diferente de dizer que a perdeu, convenhamos.
A comparação com os Curdos não serve, como é evidente, mas é suficiente para revelar que entendes que o povo que fica e sofre tem mais direitos do que o povo que perde a terra e sofre.
O Estado de Israel nasceu de uma situação artificial e a tua proposta é, no mais natural e evolutivo devir, transferi-los para a América. Esta parte custa-me sinceramente discutir. É porque não é inocente. É um claro "levem vocês com eles, que os apoiam e tudo". 60 anos (que foi o unico tempo em que falei, não falei em inevitabilidades históricas, mas obrigado) é demasiado tempo para um Estado existir e surgirem agora propostas mirabolantes e, sim, perigosas. Sobretudo porque "já estão habituados".
O devir da história é o que está a acontecer neste momento, para o bem ou para o mal. Não são com certeza ideias revolucionárias de brincar com mapas. Penso que já fizémos disso o suficiente.
Se resolvi responder, ainda que de maneira "oblíqua", foi por te ter em mais conta do que saires-te com uma proposta de desterro, porque "o povo judeu já está habituado". Mas por uma razão ou por outra este teu post agora tem outro tom. O outro era maniqueísta. Ou pelo menos soava a tal. Não disseste que Israel tinha superioridade moral. Disseste que a perdeu. Dizer que uma menina tem a virtude ainda é diferente de dizer que a perdeu, convenhamos.
A comparação com os Curdos não serve, como é evidente, mas é suficiente para revelar que entendes que o povo que fica e sofre tem mais direitos do que o povo que perde a terra e sofre.
O Estado de Israel nasceu de uma situação artificial e a tua proposta é, no mais natural e evolutivo devir, transferi-los para a América. Esta parte custa-me sinceramente discutir. É porque não é inocente. É um claro "levem vocês com eles, que os apoiam e tudo". 60 anos (que foi o unico tempo em que falei, não falei em inevitabilidades históricas, mas obrigado) é demasiado tempo para um Estado existir e surgirem agora propostas mirabolantes e, sim, perigosas. Sobretudo porque "já estão habituados".
O devir da história é o que está a acontecer neste momento, para o bem ou para o mal. Não são com certeza ideias revolucionárias de brincar com mapas. Penso que já fizémos disso o suficiente.
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