terça-feira, novembro 29

Elizabethtown

Ontem fui ver o último filme de Cameron Crowe, que tão boas críticas tem recebido, como aliás a generalidade da sua obra. Devo dizer que toda a crítica que tinha preparado para aqui escrever se pode resumir em duas palavras: não gostei.

Aliás, desde o velhinho Singles que me parece que os seus filmes têm vindo a decaír de qualidade, numa relação inversamente proporcional à aclamação que tem vindo a receber por parte da crítica, pelo que o considero neste momento um forte candidato à lista dos sobrevalorizados.

Basicamente, não gostei da banda sonora nem do argumento, unanimemente considerados os pontos mais fortes do cinema de Crowe. E se no caso da música se trata de uma opinião, o argumento é inquestionavelmente fraco: parte da história é decalcada de Garden State, talvez um dos melhores filmes do ano passado, mas muito longe da excelência por este alcançado, mas sobretudo a linha temporal não faz sentido algum. Uma das personagens consegue, no espaço de três ou quatro dias, estudar mecânica, cozinha biológica e aprende a sapatear, enquanto que a personagem interpretada por Kirsten Dunst elabora um mapa extremamente minucioso, com trajectos, fotografias e CDs piratas que levará "42 horas e 11 minutos" em uma manhã. Com uma directa em cima.

E chegamos, assim, ao motivo deste post existir:



Infelizmente, nem mesmo a Kirsten Dunst conseguiu salvar este filme. No entanto, iria alegremente vê-lo outra vez só por causa dela (e pelo facto de com o KingKard não ter que pagar mais). Iria ainda mais alegremente se o realizador não tivesse dado quase todo o protagonismo ao paneleirote do Orlando Bloom, que faz juz ao seu epíteto "Legaylas" ao passar a maior parte do filme a tentar esquivar-se das tentativas que a Kirsten faz de se meter debaixo dele. Enfim, posso confessar que o Homem-Aranha passou a fazer parte da minha lista de filmes a ver. Nem que seja só para ter uma desculpa para olhar novamente para o sorriso mais bonito que já vi, com esta boca imperfeita, estes dentes quase vampíricos. Nunca um par de incisivos pareceu tão belo num écran:

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