terça-feira, julho 3

Coisas cultas e assim

No seguimento do desafio lançado pela Pacharina aqui ao lado, mas tendo em conta que não só não especificou os sujeitos desafiados, como ainda a Pacharita, do mesmo estaminé, decidiu fazê-lo com um toque pessoal, decidi enveredar pelo mesmo caminho. Assim, não partilharei os últimos livros que li (que são pouquinhos), mas sim os filmes baseados em obras literárias que vi:

- Captains Courageous (Lobos do Mar): o Óscar de melhor actor mais português, conquistado por um Spencer Tracy a interpretar um marinheiro madeirense (falando inclusivamente em português), embora parecendo dois irmãos Marx, penteado à Harpo e falando à Chico. E uma história bem razoalvelzinha.

- Ba Wang Bie Ji (Adeus Minha Concubina): 60 anos da história da China do séc. XX, começando nos loucos anos 30, passando pela Guerra Mundial, a invasão japonesa e, como não podia deixar de ser, o tema favorito dos cineastas da Quinta Geração, a Revolução Cultural. Tudo através dos olhos do triângulo amoroso envolvendo dois actores (um dos quais uma espécie de travesti) e uma prostituta. Não se podia exigir mais.

- The New World: Tecnicamente não uma adaptação de um livro, mas não me interessa. Sem ser o melhor Malick, foi ainda assim um dos melhores de 2005. Poesia em movimento. E está tudo dito.

- Children of Men: Alfonso Cuarón a brincar aos planos-sequência num filme passado numa distopia em que a humanidade se está a extinguir. Todos os ingredientes para duas horas bem passadas.

- The Prestige: A mais agradável surpresa de 2006. Com um grande elenco, incluindo Christian Bale, o único actor que faz frente a Edward Norton na corrida para o melhor actor desta geração, andou por aí na sombra do outro filme sobre ilusionistas no fim do séc. XIX, curiosamente com o outro grande actor. Mas enquanto esse era mais uma espécie de "Usual Suspects" de época, este é um filme grandioso, repleto de ódios figadais, vinganças e ciúmes. E tem o David Bowie a fazer de Nikolai Tesla. E é realizado pelo Christopher Nolan. Vivamente aconselhado.

Quanto aos livros propriamente ditos e à cadeia e tal, os meus distintos colegas de blog que respondam, bem como o Maradona, coitadinho.

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