Os vícios adormecem mas dificilmente morrem, e um gajo que passava tantas horas do dia e da noite alternando entre Colin McRae 1 e Tomb Raider 3, até os esgotar de qualquer interesse, deve manter-se afastado de todos os estímulos e manter o seu computador com a configuração mínima, de modo a não conseguir jogar qualquer jogo dos útimos cinco anos. A tentação veio por vias inesperadas, no entanto. Tendo-me dado para ver os três Padrinhos de seguida (com uma metódica semana de intervalo entre cada um), caí imediatamente na armadilha. Existe o jogo do Padrinho, é fiel ao filme até ao limite e, dado o meu afastamento deste buraco negro durante anos, é inacreditavelmente bom em tudo.
Os jogos de agora (perdoem-me esta conversa deslumbrada as pessoas mais actualizadas no tema) estão diferentes. Este, por exemplo, não só tem a fronha de cada um dos personagens como as vozes dos actores, gravadas propositadamente para o jogo, com excepção do Al Pacino, que estava já comprometido com o jogo Scarface (isto começa a ficar estranho). Até mesmo ao Marlon Brando foram chatear, já no leito da morte, para gravar alguns diálogos, que realmente aparecem por lá amiúde.
A última interpretação do Marlon Brando foi para um videojogo.
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