Na primeira meia hora nem um touro apareceu. Começou com uma entrevista ao Mestre a falar na sua alternativa, no neto, no filho, no cavalo, no amor que o público lhe tem e como lhe estava a ser difícil não adormecer enquanto era filmado. Depois entrevistaram o neto, o primo, o pai, o irmão e até o cavalo teve uma palavra a dizer, tal qual o Mr. Ed Ribatejano. Seguiram-se imagens do campo pequeno, da Dinastia às voltas nos cavalos que fazem marcha-atrás, flores e aplausos. Entrou então o primeiro touro. Quase 500Kg de saúde, negro como a noite e ar de quem não gosta de gente. Um gajo com uma toalha colorida entreteve o bicho até entrar o cavaleiro que andou ali às voltas a espetar-lhe lanças que se transformavam em bandeiras no lombo. Depois entraram os parentes pobres, com uns fatos menos ridículos, sem cavalo nem toalha colorida e a levarem com o touro de frente. Exceptua-se o rabejador (escreve-se assim?) que é o tipo que apenas vê o touro de costas e lhe puxa o rabo. Para terminar entrava uma manada de vacas que convenciam o touro a sair dali depressa.
O processo foi-se repetindo. Touro, toalha, cavalo, lanças no lombo, pega de caras, vacas, público, flores, olé! Apercebi-me que havia ali uma família de heróis cujo avô era o mestre e todo o programa girava em volta deles. Talvez tenham pago eles a festa. Percebi que os cavaleiros são mais aplaudidos mas quem tem coragem são os outros que insultam o touro e não lhe fogem num corcel, antes lhe agarram a cabeça e chamam os amigos para dar uma ajuda depois da asneira feita. Reparei que os touros andam lixados com a vida pela maneira como atacavam tudo o que mexia. Os cavalos, esses pobres inocentes podiam ter mais sorte na vida. Primeiro fazem-lhes tranças e totós, depois obrigam-nos a andar a fugir de touros enquanto o gajo que está em cima espeta utensílios de carnaval.
Haja paciência para os humanos...
O processo foi-se repetindo. Touro, toalha, cavalo, lanças no lombo, pega de caras, vacas, público, flores, olé! Apercebi-me que havia ali uma família de heróis cujo avô era o mestre e todo o programa girava em volta deles. Talvez tenham pago eles a festa. Percebi que os cavaleiros são mais aplaudidos mas quem tem coragem são os outros que insultam o touro e não lhe fogem num corcel, antes lhe agarram a cabeça e chamam os amigos para dar uma ajuda depois da asneira feita. Reparei que os touros andam lixados com a vida pela maneira como atacavam tudo o que mexia. Os cavalos, esses pobres inocentes podiam ter mais sorte na vida. Primeiro fazem-lhes tranças e totós, depois obrigam-nos a andar a fugir de touros enquanto o gajo que está em cima espeta utensílios de carnaval.
Haja paciência para os humanos...
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