domingo, setembro 24

Na senda do audio-visual, parte II

Além do Bachelorette, o Michel Gondry destacou-se, por exemplo, num dos vídeos que melhor consegue captar a essência dos Radiohead. É importante referir que eles devem ser os gajos que mais a dedo escolhem os criativos e os realizadores dos seus videoclips, visto que não me lembro de um, nem unzinho que seja, que não seja completamente avassalador, portanto não é coisa pouca ser dele o melhor.

Não, apesar da câmara impressionante no Street Spirit, da história pungente contada no Paranoid Android, da curta-metragem impressionante que é o Karma Police, do arrojo do plano único no No Surprises ou da alta tecnologia usada no Pyramid Song ou no There There, é mesmo o vídeo de Knives Out, realizado como se fosse um único plano-sequência (ainda tenho que investigar para ver se é verdade) que melhor define aquilo que é a sua música: a angústia, a paranóia, o desespero, a irrealidade própria de um pesadelo. Com o toque de bizarria que vai definindo o trabalho de Gondry:

2 comentários:

proletario disse...

O amigo também escusa de exagerar. Os rapazes de Oxford têm vários bons vídeos, mas olhe que "Creep" e "My Iron Lung" (por repentino exemplo) são coisas absolutamente banais.

Comboio Azul disse...

É possível, mas nunca vi esses. Se calhar tive sorte e só apanhei os bons. Mas obrigado pela sua crítica construtiva.