sexta-feira, outubro 21

Cavaco ou o mito com pés de barro

O candidato e putativo vencedor das eleições presidenciais Cavaco "não se resigna a ver o país ser ultrapassado pelos seus parceiros tradicionais da UE"? Essa é a piada do ano, sem dúvida. Recapitulemos, então: Esse indivíduo era Primeiro-Ministro quando começaram a chover subsídios da então CEE para que Portugal se aproximasse economicamente do resto da Europa. Como tal, é inteiramente responsável pelo desbaratar dos ditos subsídios que, em vez de potenciar nossa riqueza, serviram apenas para que surgissem uns quantos, muitos até, patos-bravos com casas novas, carros novos, jipes e um sem fim de sinais exteriores de riqueza. Aquilo que era destinado ao investimento foi desbaratado no consumo imediato.

Cavaco não passa de um mito. Se é verdade que o país cresceu durante os seus mandatos (nos quais teve realmente poder para regular a nossa economia), estou absolutamente convicto que um chimpanzé medianamente bem treinado teria o mesmo efeito. Afinal, tendo em conta a injecção de capital vindo do estrangeiro na nossa economia, teria sido necessária uma incompetência extraordinária (digamos, ao nível de um Pedro Santana Lopes) para que não tivesse havido um crescimento económico.

Agora que a grande teta da Europa está a secar e que as pessoas se começam a aperceber que não conseguem manter os hábitos de consumo sem uma economia que os sustente é que o salvador do país aparece a debitar discursos populistas? Bardamerda para esse senhor. Eu tenho memória. E bastante rancor.

Tal como o camarada Proletário, irei votar Alegre.

A menos que o Presidente Vieira consiga apresentar-se às urnas.

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