Sem querer, de todo, polemizar mas já polemizando; pedindo o perdão do Companheiro Comboio por desenterrar um assunto que o colega já havia obituado, gostaria de sublinhar os argumentos do Proletário sobretudo no que diz respeito à série Anjos na América. Esta pequena grande série desafiou como nunca o “cruzamento com outros géneros”, superando o desafio com altas honras e glórias mais-que-merecidas; reinventou o conceito de produto televisivo, reinventando pelo caminho a forma como todos nós, espectadores, olhávamos para a morte, a SIDA, os homossexuais, os bissexuais, os normais, a dor, o judaísmo, a América, Nova Iorque, o poder, o cristianismo, o mormonismo, o medo, o horror do desconhecido, do diferente, a angústia do fim inevitável…
É claro que estamos aqui a falar de um produto muito peculiar no sentido em que é baseado na peça de teatro Angels in America: A Gay Fantasia on National Themes que granjeou ao seu autor, Tony Kushner, um Pulitzer e dois Tony Awards. Ao dramaturgo todo o mérito da excelência dos diálogos. Complexos e espontâneos como só os muito, muito grandes. Como Tenessee Willians, Eugene O’Neill, Edward Albee… Mas - e aqui está o ponto em foco neste post - todo o mérito também para quem adaptou tudo isto ao meio muito particular que é a Televisão. E esse alguém foi Mike Nichols. Não por acaso, o mesmo senhor que quase 40 anos antes, em 1966, havia adaptado Quem tem medo de Virginia Woolf? (de Williams) ao Cinema. E que tal como fizera com Elizabeth Taylor e Richard Burton nessa ocasião, soube tirar de Al Pacino, Meryl Streep e Emma Thomson das melhores (senão, As melhores) interpretações das suas carreiras. Com uma grande diferença: tudo isto ser agora apenas para televisão. Esse pequeno ecrã, reservado a temas menores, para espectadores de mentes minúsculas, com capacidades de concentração infinitesimalmente reduzidas…
Desconfio que, depois do sucesso internacional de Angels in America, nunca mais o espectador de Televisão será subestimado. Seven Feet Under e Lost (que, não tendo visto, arrisco sem medos aqui incluir baseando-me na prezada opinião do camarada Comboio) aí estão para o provar…
É claro que estamos aqui a falar de um produto muito peculiar no sentido em que é baseado na peça de teatro Angels in America: A Gay Fantasia on National Themes que granjeou ao seu autor, Tony Kushner, um Pulitzer e dois Tony Awards. Ao dramaturgo todo o mérito da excelência dos diálogos. Complexos e espontâneos como só os muito, muito grandes. Como Tenessee Willians, Eugene O’Neill, Edward Albee… Mas - e aqui está o ponto em foco neste post - todo o mérito também para quem adaptou tudo isto ao meio muito particular que é a Televisão. E esse alguém foi Mike Nichols. Não por acaso, o mesmo senhor que quase 40 anos antes, em 1966, havia adaptado Quem tem medo de Virginia Woolf? (de Williams) ao Cinema. E que tal como fizera com Elizabeth Taylor e Richard Burton nessa ocasião, soube tirar de Al Pacino, Meryl Streep e Emma Thomson das melhores (senão, As melhores) interpretações das suas carreiras. Com uma grande diferença: tudo isto ser agora apenas para televisão. Esse pequeno ecrã, reservado a temas menores, para espectadores de mentes minúsculas, com capacidades de concentração infinitesimalmente reduzidas…
Desconfio que, depois do sucesso internacional de Angels in America, nunca mais o espectador de Televisão será subestimado. Seven Feet Under e Lost (que, não tendo visto, arrisco sem medos aqui incluir baseando-me na prezada opinião do camarada Comboio) aí estão para o provar…
PS: Para aqueles que eu eventualmente haja convencido com esta arenga e não tenham melhor destino a dar a seu subsídio de férias, sei que há uma DVD BOX com a edição integral da série Anjos na América...
Sem comentários:
Enviar um comentário