Não querendo entrar em confronto com o digníssimo camarada proletário, devo fazer uma ressalva acerca de um facto que, aparentemente, não consegui transmitir no meu anterior post:
Não pretendi fazer uma listas das "melhores séries de sempre", mas sim referir apenas duas que considero momentos marcantes da história da televisão, que a poderão ter mudado a forma como esta encara o seu entretenimento. Admito que as séries citadas pelo camarada sejam de facto muito boas, embora não tenha visto um único episódio de nenhuma delas (no entanto, estou prestes a tomar posse do 1º episódio do Six Feet Under, precisamente por sua indicação), mas desconfio que cada uma possa ser catalogada num ou mais géneros sem os conseguir atravessar a todos de uma forma terrivelmente eficaz como Twin Peaks e Lost.
Estou ciente que existem exemplos de boa televisão em várias séries que apreciei, e creio até que o camarada concordará comigo numas quantas: assim de repente, lembro-me da comédia genial do Seinfeld, do corrosivo South Park ou do fantástico Futurama. No entanto, apesar de todos estes exemplos terem sido marcantes no mundo da comédia, não desafiaram o cruzamento com outros géneros, reinventando-se.
Admito que haja muito boa televisão que constitua um maior entretenimento do que Twin Peaks ou Lost (senão seriam as séries mais vistas de todos os tempos), mas o meu ponto é bastante mais simples: foram (são) as melhores pelas suas características, não apenas de entretenimento, como também de ultrapassar limites e, até, confundi-los. Por serem capazes de ter brilhantes momentos de humor mas também nos deixarem inquietos por se atreverem a lidar com as características mais escuras da psique humana.
Espero ter conseguido esclarecer o camarada, pelo que considero este assunto terminado.
sábado, julho 16
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