A Ilha Taquile já ficou lá atrás. Uma ilha no Lago. Um ilha de etnia Qechua numa área de maioria Aymara. Uma ilha de autencidade linguistíca e étnica num país de cultura intrisecamente mestiÇa. Uma ilha de vida comunitária, pré-colombiana, com igualdade e separaÇao durkheimiana de tarefas entre os sexos num Perú socialmente estratificado, (neo)colonializado, onde a masculinidade latina (leia-se hispânica) se impôe e aos seus vicios e trejeitos machistas...
Diziam-me hoje que acontecia por vezes, mesmo no seio de casais ditos indigenas e cujas feiÇoes o comprovam, surgir um filho de olhos e cabelos claros. Imagina o leitor, como eu o fiz, que a razao sera um saudavel e alegre encontro de racas e culturas num passado já longinquo e esquecido. A verdade é bem mais crua: uma das avós de um dos pais da crianÇa "caucasiana" terá sido violada por um dos conquistadores ou povoadores espanhóis.
É nesta concepÇao violenta, dramática e impotente da raÇa mestiza que é maioritária em quase toda a América Latina que se encontra a causa de toda a violência, drama e impotência para se adaptar ao dito mundo desenvolvido que encontramos em quase toda a mesma América Latina.
Sem comentários:
Enviar um comentário