Eu sei que a FIFA e a UEFA são grandes organizações, com processos de decisão extremamente morosos e complexos mas nada justifica que tenham levado quase 2 anos a agir em relação a uma situação de injustiça desportiva que eu tive aqui a oportunidade de denunciar faz tempo.
Na verdade, embora compreenda a decisão da FIFA , sinto uma certa tristeza pelo empregado de mesa cusqueño que, face às inevitáveis derrotas dos aversários que visitavam o estádio do Cienciano, exibia uma zombeteira alegria no rosto e terá doravante menos razões para sorrir. E, caramba!, aquelas gentes de lá de cima, daquela vida dura das montanhas, bem precisam de motivos que lhes amaciem o agressivo quotidiano.
Uma coisa é certa: eles não têm a culpa de terem nascido e vivido toda a vida lá nas alturas. Para ser exacto, a vantagem competitiva mantém-se também ao nível do mar. Um atleta andino ou alpino ou himalaio continua a ter mais moléculas de oxigénio no seu fluxo sanguíneo independentemente da altura em que corre, salta ou chuta uma bola. É doping? Não. É a vida. E, portanto, não se ponham a exagerar e a proibir a existência daquela acima dos 2.500 metros ou a proibir a entrada de desportistas que aí habitem em competições internacionais. É só para não se porem com ideias, ok? Mas, pronto, fazer-nos subir lá a cima (olha o pleonasmo lindo!) é que é chato...
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