segunda-feira, fevereiro 19

Não puxem por mim

De uma maneira geral é isso tudo, e já tinha concordado com essa tua ideia antes. Excepto que até o Casino Royale do Ian Fleming é atípico na série. É o mais duro dos livros, não tem graçolas e o Bond tem medo frequentemente (até do M), entre muitas outras coisas. Logo nos seguintes (Live and Let Die e Moonraker) já reconhecemos um outro estilo de 007 a que estávamos mais habituados. E no Thunderball, que deve ser o melhor livro (e quase, quase chega a ser razoavelzinho) já só se consegue visualizar Sean Connery por todos os lados. Não vale a pena procurarmos redimir o Daniel Craig. Está finalmente criado um terceiro Bond e já era tempo, pelo menos desde os anos 80. Agora é por aqui que vamos seguir, e ainda bem, curiosamente por um caminho de que o Fleming quis sair logo ao fim do primeiro livro. Mas a história em cinema do outro 007 já está mais do que escrita. Venha este.

p.s. Espero no entanto que a tentação pela prequela esteja mais que resolvida com este filme. Ninguém aguenta mais esta tendência preguiçosa para contar a origem de tudo o que já foi filmado.

3 comentários:

Comboio Azul disse...

Este Bond 21 nem é bem uma prequela, é algo a que chamaram reboot. Assim sendo, consegue referenciar os outros filmes sem ter que se preocupar com aspectos "menores" como seja a continuidade da série.

Pedro Santo Tirso disse...

:)

Sergio disse...

Sim, é reboot, outra tendência recente. Mas no James Bond a continuidade foi sempre uma coisa muito própria. Não a mandaram sempre às urtigas, mas procura-se que a ordem em que se vê os filmes seja o mais possível irrelevante.

E a outra coisa interessante deste reboot é que o objectivo não é actualizar o personagem. É só recomeçá-lo por outro caminho, que até já lá estava.

Nada que não se estrague facilmente em filmes futuros. Falamos por alturas do Bond 25 :)