segunda-feira, outubro 17

Olisipo(rno)grafia

O site da CML tem um serviço de pesquisa toponímica que utilizei há uns dias para averiguar do porquê da via onde habito se chamar como se chama. Veio hoje a resposta por email:
"Segundo o olisipógrafo Luís Pastor de Macedo («Lisboa de Lés a Lés», vol. II), «O documento mais antigo, que até agora encontrámos, que nos fala da bombarda que deu o nome a esta rua, é de 1557 (...) Segundo esse documento, a bombarda guardava-se numa casa». Ainda segundo Pastor de Macedo, de acordo com outro documento de 1561 «As casas de que trata a declaração transcrita, ficam hoje, segundo se vê em documentos de data posterior juntos ao mesmo processo, na Rua das Olarias, muito próximo do antigo Beco dos Emprenhadores (actualmente Escadinhas das Olarias), e portanto fica-se também sabendo onde se erguia, pouco mais ou menos, a casa da bombarda."
Ora bem, neste excerto há uma palavra que salta imediatamente à atenção, pelo que, pesquisando a dita, somos informados do seguinte:
emprenhador
adj. e s. m.,
que ou aquele que fecunda a fêmea;
Ictiol.,
nome de um peixe teleósteo trigliforme, também conhecido por bacamarte.
Não contente com um bacamarte, logo depois fico a saber que tenho também "um canhão curto e de grande calibre para arremessar grandes pelouros" à porta de casa, pois é esse o significado de bombarda.
Já sabidos os instrumentos e ferramentas do ofício, quedo-me na interrogação de saber quais as provas a que eram submetidos os felizes aprendizes da Comarca dos Artesãos Emprenhadores.
Vou escrever outro email à CML...

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