Vamos imaginar que se pode começar do ponto 'menos dois', e que se pode simplificar tudo isto. A base seria
(1) as marchas compostas pelo quase quase português John Philip Sousa. No século XIX os americanos só queriam ouvir marchas e danças de salão. Curtir, no fundo. O John escreveu quase todas (as marchas), nomeadamente o mais do que muito tocado Stars and Stripes Forever (aquela que aparece muito em paradas militares nos filmes e em algumas recepções a presidentes dos EUA). Toda a gente já a ouviu. Há ainda outra particularidade do John Philip. E aqui dá especial jeito todo o imaginário que o cinema americano nos criou. Chateado com as limitações da tuba ele inventa um instrumento ainda mais grave e que projecta o som a direito mas por cima das cabeças dos restantes músicos. O instrumento enfiava-se à volta do corpo e enrolava-se até sair por cima da cabeça. Uma coisa mais ou menos assim. Se mencionei isto, nem é pelo instrumento, que me impressiona pouco. É pelo nome: Sousafone. Acho brilhante. Sousafone.
(2) a música espiritual do delta do Mississipi. Simplificando (já não é cedo), nasce de várias proibições. A de falar a língua, professar religiões africanas e tocar tambores, entre escravos. Não lhes tendo parecido mal a nova religião, começa a surgir música cantada sem instrumentos (ninguém de entre os escravos sabia tocar outra coisa que não percussão nesta altura, séc. XVIII) e cujas letras eram literais textos cristãos. Passar sem música é que não.
(3) o último e mal colocado elemento é a música original do Golfo da Guiné, região priveligiada de fornecimento de escravos para a América. Uma região fechada entre os rios Senegal e Níger, produz uma floresta tão densa que fez com que a música evoluísse sem influências exteriores, sobretudo as árabes. Podendo sair tudo daqui, saiu o maior desenvolvimento do ritmo de que há conhecimento. Imagine-se dois mil anos a estudar, experimentar e aperfeiçoar o Ritmo. Ou melhor, imagine-se o mesmo tempo a aperfeiçoar a Harmonia. O resultado será Bach, por exemplo. O Ritmo na música do Golfo da Guiné é tão evoluído quanto o é a Harmonia na Europa.
Destes três elementos, tão atabalhoadamente expostos, não virá ainda Jazz nenhum.
(1) as marchas compostas pelo quase quase português John Philip Sousa. No século XIX os americanos só queriam ouvir marchas e danças de salão. Curtir, no fundo. O John escreveu quase todas (as marchas), nomeadamente o mais do que muito tocado Stars and Stripes Forever (aquela que aparece muito em paradas militares nos filmes e em algumas recepções a presidentes dos EUA). Toda a gente já a ouviu. Há ainda outra particularidade do John Philip. E aqui dá especial jeito todo o imaginário que o cinema americano nos criou. Chateado com as limitações da tuba ele inventa um instrumento ainda mais grave e que projecta o som a direito mas por cima das cabeças dos restantes músicos. O instrumento enfiava-se à volta do corpo e enrolava-se até sair por cima da cabeça. Uma coisa mais ou menos assim. Se mencionei isto, nem é pelo instrumento, que me impressiona pouco. É pelo nome: Sousafone. Acho brilhante. Sousafone.
(2) a música espiritual do delta do Mississipi. Simplificando (já não é cedo), nasce de várias proibições. A de falar a língua, professar religiões africanas e tocar tambores, entre escravos. Não lhes tendo parecido mal a nova religião, começa a surgir música cantada sem instrumentos (ninguém de entre os escravos sabia tocar outra coisa que não percussão nesta altura, séc. XVIII) e cujas letras eram literais textos cristãos. Passar sem música é que não.
(3) o último e mal colocado elemento é a música original do Golfo da Guiné, região priveligiada de fornecimento de escravos para a América. Uma região fechada entre os rios Senegal e Níger, produz uma floresta tão densa que fez com que a música evoluísse sem influências exteriores, sobretudo as árabes. Podendo sair tudo daqui, saiu o maior desenvolvimento do ritmo de que há conhecimento. Imagine-se dois mil anos a estudar, experimentar e aperfeiçoar o Ritmo. Ou melhor, imagine-se o mesmo tempo a aperfeiçoar a Harmonia. O resultado será Bach, por exemplo. O Ritmo na música do Golfo da Guiné é tão evoluído quanto o é a Harmonia na Europa.
Destes três elementos, tão atabalhoadamente expostos, não virá ainda Jazz nenhum.
Sem comentários:
Enviar um comentário