terça-feira, agosto 2

O jogo particular

A competição é a competição e uma pessoa está em pulgas, é certo, para que comece, mas é fundamental assistir desde já ao maior número de jogos particulares que se conseguir. Se possível de todos os que são transmitidos, sejam quais forem os clubes que jogam. Este exercício, para além do prazer do visionamento em si, permite, mais tarde, uma resposta analítica muito mais adequada, poupa-nos a surpresas e permite saber (na próxima semana ou na outra) quem vai ser o campeão nacional. Sem me querer precipitar, é possível que tenha chegado à equipa principal o primeiro jogador que sabe centrar desde Vitor Paneira. O Hélio Roque não só acertou todos os centros que tentou, como procurou fazê-los da forma menos previsível possível, ainda que de modo aparentemente fácil. O problema maior é ser um avançado centro e não um extremo, mas dado que o Simão e o outro russo novo estão a ser experimentados no meio, nada impede que o Hélio Roque também seja testado na linha. O que se ganha em precisão de passe perde-se no entanto noutro aspecto, fundamental na posição: duvido que com aquelas orelhas o atrito e a inércia (na verdade só um dos dois, mas não estou certo qual) permitam ao jogador imprimir toda a sua velocidade. Que seja, estou tranquilo. Outra questão que abordarei assim veja o Estoril-Benfica de hoje é a possibilidade de o Beto trazer um estilo Isaías há muito não visto por estes lados. Há que limar apenas umas arestas, para se tornar parecido com o saudoso, sobretudo treinar o passo de corrida com o peito colocado como quem está constantemente a cortar uma linha de meta de uma prova dos 100 metros.

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