sábado, agosto 6

Fosse Agosto sempre assim.

Agosto passado estava eu desempregado e estava já na Figueira. Os meus dias resumiam-se a ver os Jogos Olímpicos durante o dia e beber copos à noite. Dificilmente repetirei momento tão desafogado, mas há coisas que nos fazem bem à nostalgia. Aparecer-me o Campeonato do Mundo de Atletismo, por exemplo.

O primeiro apontamento é patriótico. E é apostar, finalmente, no Rui Silva para ganhar limpinho os 1500 m. Limpinho. A vida está facilitada por não estar lá o El-Guerrouj, que - já agora - avisou que a corrida vai ser muito mais lenta por ele próprio não participar. E não imagino ninguém no mundo mais capaz de ganhar uns 1500 m lentos do que o Rui Silva.

Para os patriotas mais impacientes, mas que ainda assim tiveram bandeira nacional na janela o ano passado, posso sugerir ligar a televisão só nos ultimos 120 m que será o momento em que o Rui Silva deixa de pensar na lista de compras para casa ou se deve ou não fazer um seguro de recheio do seu apartamento, e arranca do quinto lugar para o primeiro.

p.s. Não me esqueci do Bernard Lagat, agora cidadão americano, e que por causa disso também não estará presente (há umas papeladas a tratar e assim). Mas tenho para mim que o Rui Silva papava o gajo na mesma. Enfim, confirma-se isto daqui a dois anos.

Sem comentários: