Uma pessoa habitua-se a ouvir que Portugal está "na cauda da Europa", que "ocupa o último lugar", que é "o pior classificado no ranking europeu", que está “no último lugar na tabela”, mantendo sempre, ainda assim e perante todas as adversidades, a irredutível esperança que “as coisas” vão mudar e um dia a cantiga será outra e este país ainda vai dar certo.
E eis que chega o dia em que a cantiga é mesmo outra e diz que “somos os melhores classificados na tabela”, que “estamos à frente do pelotão”, “no topo do ranking europeu”...
E eis que chega o dia em que a cantiga é mesmo outra e diz que “somos os melhores classificados na tabela”, que “estamos à frente do pelotão”, “no topo do ranking europeu”...
A excitação é grande! Valeu a pena a espera. Conseguimos! “Portugal ocupa o primeiro lugar no ‘ranking’ de apostas dos nove países europeus que participam no Euromilhões”. VITÓRIA!!!!
Porque somos o povo europeu que deita mais dinheiro à rua, que mais quer enriquecer facilmente por pura sorte e sem qualquer mérito ou esforço, que melhor se deixa levar pela canção do bandido “hoje pobre e miserável, amanhã milionário e excêntrico”, que mais deseja com todas as suas forças amealhar fortuna de um dia para o outro enquanto os restantes continuam na miséria, que pior gere o seu dinheiro porque diz não ter nenhum embora gaste 50 euros por semana - não estou a inventar: ouvi de alguém no outro dia - num jogo de azar, que menos trabalha e mais tempo gasta em enormes filas de espera para comprar ilusões, ainda por cima, efémeras.
Enfim, somos um povo de crianças grandes que se deixam encantar por fábulas e prémios de valores obscenos. Somos inocentes e ingénuos como a merda, chegando a roçar o insuportável de tão estúpidos. E, se não fosse quase fim-de-semana e a praia que aí vem, este post era capaz de acabar mal…
Porque somos o povo europeu que deita mais dinheiro à rua, que mais quer enriquecer facilmente por pura sorte e sem qualquer mérito ou esforço, que melhor se deixa levar pela canção do bandido “hoje pobre e miserável, amanhã milionário e excêntrico”, que mais deseja com todas as suas forças amealhar fortuna de um dia para o outro enquanto os restantes continuam na miséria, que pior gere o seu dinheiro porque diz não ter nenhum embora gaste 50 euros por semana - não estou a inventar: ouvi de alguém no outro dia - num jogo de azar, que menos trabalha e mais tempo gasta em enormes filas de espera para comprar ilusões, ainda por cima, efémeras.
Enfim, somos um povo de crianças grandes que se deixam encantar por fábulas e prémios de valores obscenos. Somos inocentes e ingénuos como a merda, chegando a roçar o insuportável de tão estúpidos. E, se não fosse quase fim-de-semana e a praia que aí vem, este post era capaz de acabar mal…
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