segunda-feira, julho 11

Mentis insanus, corpus preocupatus

Embora o meu corpo haja regressado fez ontem uma semana da outra banda do Atlântico, a minha mente ainda se prolonga por lá. De forma que, entrincheirada nos Andes, ela me enviou por vias clandestinas estas citações do livro Las Venas Abiertas de América Latina do uruguaio Eduardo Galeano:

"Ahora América es, para el mundo, nada más que los Estados Unidos: nosotros habitamos, a lo sumo, una sub América, una América de segunda clase, de nebulosa identificación."

A propósito do afã e do afinco, sempre bem afiados, da outra América, a legitima, em querer controlar a natalidade alheia:

"(...) el Imperio propone ahora, con más pánico que generosidad, resolver los problemas de América Latina eliminando de antemano a los latinoamericanos".

"En América Latina resulta más higiénico y eficaz matar a los guerrilleros en los úteros que en las sierras o en las calles".

E a minha mente continua, incessante, surpreendentemente beligerante, desta feita atirando, qual obuses, as palavras desarmantes do intelectual brasileiro Josué de Castro:

"Eu, que recebi um prémio internacional da paz, penso que, infelizmente, não há outra solução que a violência para a América Latina".

É melhor ir lá buscá-la depressa, que regresse à ordem, quieta, pacifista, politicamente correcta, antes que vire guevarista e depois o corpo é que paga...

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