Uma vez que o nosso comboio cinematográfico parece ter estacionado numa qualquer Alfarelos, avanço eu hoje para a crítica de cinema. Fui ver o famoso Sin City e saí de lá defraudado. Não conheço a BD, mas fiquei sem vontade de a conhecer. O filme tem bons actores, tem até boas interpretações. Falta-lhe é história. Não passa de um exercício de belíssima cinematografia, mas sem um enredo que prenda. Comecei a desconfiar da coisa quando vi uma entrevista do Bruce Willis a dizer que tinham filmado exactamente como na BD original, quadradinho a quadradinho. Mas dizia isto com o ar amargurado de quem não tinha tido liberdade de fugir ao desenho. E não fugiu.
Sin City é uma ode à violência onde as mulheres aparecem como elemento decorativo. Bons cus e boas mamas forrados a cabedal não fazem, necessariamente, um bom filme. Pelo menos um que dê vontade de sair e casa. A ultra violência à moda de Tarantino (o que é que faz um realizador convidado num filme que já tem dois realizadores?) também cansa. Tudo é pretexto para banho de sangue nesta película vertiginosa. Ficará como filme de culto, estou certo, mas a mim não me apanham nesta.
segunda-feira, junho 20
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