terça-feira, fevereiro 7

Caixa Directa Passo a Passo.

O serviço de e-banking da CGD chama-se Caixa Directa e para ser activado segue os seguintes requisitos:

1- preencher e entregar um formulário assinado requerendo o serviço na agência onde a conta está sediada e receber um envelope-postal fechado com dois códigos: a senha de entrada e o código de segurança

2- fazer um telefonema para o 707242424 e indicar os dois códigos, personalizando o código de seguida

A minha experiência no processo:

Tentei aderir a este serviço o ano passado mas como não recebi em casa os documentos para preencher esqueci-me do facto. Lembrei-me entretanto já este ano e fui a uma agência onde me dizem que não conseguiram confirmar a minha assinatura nos formulários anteriores e por essa razão não recebi nada em casa. Aconselharam-me a dirigir à minha agencia e assim fiz, fui lá, esperei, pedi e preenchi os impressos e no final recebi o postal dos códigos.
Ao chegar a casa liguei para o número colorido e pediram-me dois códigos. Vejo no postal só estava um. Para corrigir tal facto aconselharam que me dirigisse à minha agência para pedir um novo envelope-postal de códigos. Assim fiz.
Foi uma viagem de meia hora e uma hora e meia no calor abafado do ar condicionado oferecido pelo banco. Para gerir o atendimento há um sistema de senhas que ninguém respeita. Para as informações existe apenas uma pessoa a atender, uma senhora de 50 anos com voz de professora a informar toda a agência da questão que está a resolver pessoalmente. Pelo meio há sempre uns chicos-espertos que se põe à frente para fazer pequenas perguntas que afinal rapidamente crescem. Dentro dos lorpas que tiraram a senha antes de mim estava com o nº 5 um casal de velhos, sendo que o marido era surdo e a esposa tinha que lhe repetir tudo que a bancária dizia aos berros colada ao seu ouvido, com o 6 uma mãe e filha peixeiras, cada uma com o seu cesto de vime com carapaus, que queriam pedir um empréstimo não sabendo do que se tratava os juros e eu com o 7. Com as interrupções dos espertalhuços pelo meio a coisa ainda durou mais meia-hora. Aguardei pacientemente a minha vez lendo o jornal de ponta a ponta. Avistei entretanto o tipo que me atendeu da outra vez e fiquei com ele debaixo de olho. Ao longe li-lhe o nome na lapela, Bruno Alves. Mal a voz de professora chamou o meu número informei-a que tinha iniciado o processo com o Sr. Bruno Alves e preferia continua-lo com ele. Ela chamou-o como se chama um cão e eu digo-lhe que o meu postal com os códigos apenas tem um código quando preciso de dois. Ele responde que não, basta um. Mostra-me que a operação 6 do serviço é mudar o código de segurança. Eu respondo que não posso mudar algo que ainda não tenho. Ele diz que é por telefone que me dão esse código e eu volto a dizer que a telefonista me disse que se não tenho os dois códigos tenho de me dirigir à minha agência para que me dêem. Ele não se acreditava. Peguei no meu telefone e liguei para o 707242424 à frente dele. Quando a telefonista me pediu o segundo código respondi que era por telefone que mo deviam dar. Ela responde que devia estar no envelope-postal do banco. Eu digo que o postal só tem um código. Ela diz para me dirigir à minha agência, imagino que é a frase que mais repetem. Nessa altura informo-a que estou no banco e vou passar o telefone ao bancário que me deu o envelope-postal e a informação. Eles falam durante dois minutos e depois calam-se. Espero 30 segundos e pergunto-lhe que razão estou eu a gastar impulsos do meu telefone estando no próprio banco a ligar para um serviço interno, sem que ninguém diga nada ao telefone. Ele diz-me que a telefonista está a confirmar com os serviços centrais e eu digo que já chega desta situação, pode entrar em cena a apresentadora dos apanhados, dar-me dois beijos, um abraço e irmos todos para casa com um porta-chaves do programa. Por esta altura já está toda a agência, clientes e empregados a olhar para esta parte do balcão. O tal Bruno Alves devolve-me o telefone, diz que vai buscar outro postal e pede um momento. Espero mais meio minuto enquanto disfarço enquanto passo os olhos pelo lido e relido jornal e quando regressa diz-me que se tinha enganado e me tinha dado um postal de caderneta que só tem um código. Respondo-lhe que se ele não sabia que me tinha de dar um envelope-postal para o serviço de e-banking em vez de um para a caderneta então não sabe fazer o seu trabalho e os clientes não estão em boas mãos. Baixou os olhos e pediu desculpa. Achei que talvez tivesse ido longe demais, o que devia ter feito era escrever uma reclamação pelo mau serviço prestado e pelo meu tempo perdido em vez de enxovalhar o tipo em praça pública. Já que não o fiz, pelo menos que o Bruno Alves se torne mais competente e fique a saber qual o envelope-postal que tem de dar aos clientes aderentes do e-banking. Desejei bom dia a todos os presentes e saí para o frio da rua com os dois códigos no bolso e um jornal amarrotado debaixo do braço.

5 comentários:

Cleopatra disse...

ahaaaaaaaa ao fim de muita insistência finalmente os comentários ;)

bem..lindo! pôr os 2 funcionários a falar ao tel um com o outro! só faltou mesmo foi pedir o dinheiro das chamadas. o que me irrita nisto dos atendimentos ao cliente nem é a espera. mas o dinheirão que nos fazem gastar para da maioria das vezes não resolverem o problema..

a minha experiência com a caixa directa também não é muito boa. pedi-a num balcão que não o meu, lá assinei os papeis lá do modo como me disseram (fiz questão de salientar que a minha assinatura no BI tinha mudado desde qe abri a conta) e mesmo assim não resultou. Aparentemente depois disto tudo tinha assinado mal (o erro foi deles mas enfim) e apesar da conta ter um 2º titular ou lá como se chama, não consegui que me activassem aquela treta. Ora como estava em França e seria dificil dirigir-me ao balcão da CGD em que requisitei a caixa directa (não servia outro balcão!), acabei por desistir.

talvez agora tente de novo.

Anónimo disse...

A minha experiência foi totalmente ao contrário. Enviaram-me códigos para França, devolvi num envelope internacional pré-pago da CGD e ficou tudo resolvido. Numa semana e meia já navegava na internet e inclusivamente fazia transferências internacionais gratuitas dentro da zona euro.

Para mim é um serviço 5 estrelas. Acho que tiveste foi mesmo azar com o funcionário da agência.

Anónimo disse...

Já fui cliente dos serviços homebanking do BES, Montepio e Millenium e de longe o Serviço Caixadirecta é o melhor e mais competente do mercado português. Tudo o que tinha de resolver com a CGD resolvi pelo serviço Caixadirecta. O que aconteceu provavelmente foi um lapso do funcionário da agência que assumiu o erro e pediu desculpa, resolvendo no final a tua questão. Penso que todos erramos e as instituições não são excepção pois são feitas por pessoas. Eu nunca tive nenhum problema com a CaixaDirecta e de longe é o meu canal preferido de acesso ao meu banco.

Anónimo disse...

As bostas que gostam do servico da CGD devem ser funcionarios do mesmo......

Anónimo disse...

Acho francamente idiota q haja pessoas q achem q so pessoas q sejam funcionarias da CGD possam falar bem dos seus serviços... ate porque os funcionarios n ganham absolutamente nada em faze-lo... a menos que o façam na sua propria agencia e em serviço, o que não me parece ser de todo o caso...
Eu também acho que o serviço é excelente porque me permite fazer quase tudo sem sair de casa e a interface a que o utilizador tem acesso está bastante simples e é de fácil utilização.
Quanto aos problemas de activação do serviço, acho que toda a gente devia reflectir um bocado porque erros e problemas acontecem em todo o lado e não só nos balcões da CGD. Pessoas são e serão sempre pessoas... umas mais desenrascadas e outras que não estão tão aptas a resolver os nossos problemas com a eficiência e rapidez que pretendemos... e embora as horas de espera possam ser bastante frustrantes, há que aprender a ter um bocadinho mais de paciência, porque se nós passamos horas à espera de ser atendidos, os funcionários passam horas a atender pessoas que raramente são simpáticas e bem-humoradas.